CoDAS
https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20192018229
CoDAS
Artigo Original

Post-stroke patients with and without thrombolysis: analysis of deglutition in the acute phase of the disease

Pacientes pós-AVC com e sem trombólise: análise da deglutição na fase aguda da doença

Elisângela de Fátima Pereira Pedra; Vanessa Laís Pontes; Aline Mansueto Mourão; Marcela Aline Braga; Laelia Cristina Caseiro Vicente

Downloads: 3
Views: 1059

Abstract

Purpose: To verify the frequency and severity of dysphagia after ischemic stroke with or without thrombolysis in the acute phase; and the association among dysphagia, demographic characteristics, neurological and functional impairments and thrombolysis. Methods: A retrospective study of the medical records of 94 patients who suffered from ischemic stroke during the acute phase of the disease. From these, 52 patients received thrombolytic therapy and 42 patients did not receive such therapy. We collected data on age, sex, comorbidities, therapeutic time window of thrombolytic therapy, level of consciousness, degree of neurological impairment, level of functional dependency and clinical swallowing examination. A descriptive analysis included categorical and continuous variables, and an analysis of the association using the Pearson’s Chi-Square Test, in which the value of p ≤ 0.05 was considered as a statistically significant association. Results: The frequency of dysphagia in the thrombolytic patients was 67.3%, the odds ratio was 4.6 higher than the non-thrombolysed patients. The severity of dysphagia was not associated with thrombolysis. There was an association between the presence of dysphagia and functional dependence. Demographic characteristics and neurological impairment were not associated with dysphagia. Conclusion: Thrombolytic patients were more likely to develop dysphagia than non-thrombolysed patients in the acute phase of stroke, with dysphagia associated to functional dependence.

Keywords

Mechanical Thrombolysis or Thrombolytic Therapy; Stroke; Swallowing Disorder; Swallowing; Speech Therapy

Resumo

Objetivo: Verificar a frequência e a gravidade de disfagia pós-acidente vascular cerebral isquêmico na fase aguda com e sem trombólise e a associação entre a disfagia e as características demográficas, comprometimentos neurológico e funcional e a realização da trombólise. Método: Estudo retrospectivo de análise de prontuário de 94 pacientes pós-acidente vascular cerebral isquêmico na fase aguda, destes, 52 pacientes realizaram trombólise e 42 não receberam o tratamento. Os dados coletados foram: idade, sexo, comorbidades, janela terapêutica para realização da trombólise, nível de consciência, grau de comprometimento neurológico, nível de dependência funcional, avaliação clínica da deglutição. Foram realizadas análise descritiva das variáveis categóricas e contínuas e análise de associação pelo teste Quiquadrado de Pearson, sendo consideradas como associações estatisticamente significantes as que apresentaram valor de p ≤ 0,05. Resultados: A frequência de disfagia nos pacientes trombolizados foi de 67,3%. Os pacientes trombolizados apresentaram 4,6 vezes mais chance de apresentarem disfagia do que os pacientes não trombolizados. A gravidade da disfagia não apresentou associação com a realização da trombólise. Houve associação entre a presença de disfagia e a dependência funcional. As características demográficas e o comprometimento neurológico não apresentaram associação com o transtorno da deglutição. Conclusão: Os pacientes trombolizados apresentaram maior tendência de desenvolverem disfagia do que os não trombolizados na fase aguda do acidente vascular cerebral, estando a disfagia associada à dependência funcional.

Palavras-chave

Trombólise Mecânica ou Terapia Trombolítica; Acidente Vascular Cerebral;Transtornos de Deglutição; Deglutição; Fonoaudiologia

Referências

1 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 664, de 12 de abril de 2012. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas-Trombólise no Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Agudo [Internet]. 2012 [citado em 2013 Set 12]. Disponível em: www.saude.gov.br/sas [ Links ]

2 Hacke W, Kaste M, Bluhmki E, Brozman M, Dávalos A, Guidetti D, et al. Thrombolysis with alteplase 3 to 4.5 hours after acute ischemic stroke. N Engl J Med. 2008;359(13):1317-29. http://dx.doi.org/10.1056/NEJMoa0804656. PMid:18815396. [ Links ]

3 Lansberg MG, Bluhmki E, Thijs VN. Efficacy and safety of tissue plasminogen activator 3 to 4.5 hours after acute ischemic stroke: a metanalysis. Stroke. 2009;40(7):2438-41. http://dx.doi.org/10.1161/STROKEAHA.109.552547. PMid:19478213. [ Links ]

4 Brasil. Ministério da Saúde. Acidente Vascular Cerebral (AVC) [Internet]. Brasília; 2012 [citado em 2017 Set 8]. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2012/04/acidente-vascular-cerebral-avc [ Links ]

5 Paixão CT, Silva LD, Camerini FG. Perfil da disfagia após um acidente vascular cerebral: uma revisão integrativa. Rev Rene. 2010;11(1):181-90. [ Links ]

6 Crary MA, Humphrey JL, Carnaby-Mann G, Sambandam R, Miller L, Silliman S. Dysphagia, nutrition, and hydration in ischemic stroke patients at admission and discharge from acute care. Dysphagia. 2013;28(1):69-76. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-012-9414-0. PMid:22684924. [ Links ]

7 Abdulmassih EMS, Macedo ED Fo, Santos RS, Jurkiewicz AL. Evolução dos pacientes com disfagia orofaríngea no ambiente hospitalar. Int Arco Otorhinolaryngol. 2009;13(1):55-62. [ Links ]

8 Mourão AM, Almeida EO, Lemos SMA, Vicente LCC, Teixeira LA. Evolução da deglutição no pós-AVC agudo: estudo descritivo. Rev CEFAC. 2016;18(2):417-25. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0216201618212315. [ Links ]

9 Roger VL, Go AS, Lloyd-Jones DM, Adams RJ, Berry JD, Brown TM, et al. Heart disease and stroke statistics—2011 update: a report from the American Heart Association. Circulation. 2011;123(4):e18-209. http://dx.doi.org/10.1161/CIR.0b013e3182009701. PMid:21160056. [ Links ]

10 Gouveia CA, Melo RL Fo, Fantini FGMM, Fantini PR. Análise de resultados clínicos de pacientes tratados com trombólise venosa no AVC isquêmico agudo, com início dos sintomas há menos de três horas estendido até 4,5h. Rev Bras Neurol. 2009;45(1):5-11. [ Links ]

11 Ribeiro PW. O efeito da reperfusão cerebral na deglutição de indivíduos após acidente vascular cerebral [tese]. Botucatu: Universidade Estadual Paulista; 2017. [ Links ]

12 Ribeiro PW, Cola PC, Gatto AR, da Silva RG, Luvizutto GJ, Braga GP, et al. The incidence of dysphagia in patients receiving cerebral reperfusion therapy poststroke. J Stroke Cerebrovasc Dis. 2014;23(6):1524-8. http://dx.doi.org/10.1016/j.jstrokecerebrovasdis.2013.12.033. PMid:24582786. [ Links ]

13 Brott T, Adams HP Jr, Olinger JR, Marler CP, Barsan JR, Biller WG, et al. Mesurements of acute cerebral infarctiona clinical examination scale. Stroke. 1989;20(7):864-70. http://dx.doi.org/10.1161/01.STR.20.7.864. PMid:2749846. [ Links ]

14 Roberto M, Miyazaki MH, Jorge D Fo, Sakamoto H, Battistella LR. Reprodutibilidade da versão brasileira da medida de independência funcional. Acta Fisiátrica. 2001;8(1):45-52. http://dx.doi.org/10.5935/0104-7795.20010002. [ Links ]

15 Crary MA, Mann GD, Groher ME. Initial psychometric assessment of a functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients. Arch Phys Med Rehabil. 2005;86(8):1516-20. http://dx.doi.org/10.1016/j.apmr.2004.11.049. PMid:16084801. [ Links ]

16 Trapl M, Enderle P, Nowotny M, Teuschl Y, Matz K, Dachenhausen A, et al. Dysphagia bedside screening for acute-stroke patients: the Gugging Swallowing Screen. Stroke. 2007;38(11):2948-52. http://dx.doi.org/10.1161/STROKEAHA.107.483933. PMid:17885261. [ Links ]

17 Mourão AM, Lemos SM, Almeida EO, Vicente LC, Teixeira AL. Frequência e fatores associado à disfagia após acidente vascular cerebral. CoDAS. 2016;28(1):66-70. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20162015072. PMid:27074192. [ Links ]

18 Barritt AW, Smithard DG. Role of cerebral cortex plasticity in the ecovery of swallowing function following dysphagia stroke. Dysphagia. 2009;24(1):83-90. http://dx.doi.org/10.1007/s00455-008-9162-3. PMid:18716838. [ Links ]

19 Avelino MR, Montibeller CG, Luchesi KF, Mituuti CT, Ribeiro PW, Fagundes DA, et al. Oral dietary intake level in thrombolysed and nonthrombolysed patients after ischemic stroke. NeuroRehabilitation. 2017;40(1):49-55. http://dx.doi.org/10.3233/NRE-161389. PMid:27792017. [ Links ]

20 Morone G, Paolucci S, Iosa M. In what daily activities do patients achieve independence after stroke? J Stroke Cerebrovasc Dis. 2015;24(8):1931-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.jstrokecerebrovasdis.2015.05.006. PMid:26051663. [ Links ]

21 Souza AR, Lanza LTA, Bertolini SMMG. Avaliação do grau de funcionalidade em vítimas de acidente vascular encefálico através do índice de Barthel, em diferentes períodos após instalação da lesão. Rev Saúde Pesq. 2008;1(3):271-5. [ Links ]

22 Meneses BB, Urrutia GU, Montenegro PG, Roldán SM, Cubillos SC, Taucare EP. Relationship between functional dependency and severity of dysphagia in older bedridden patients. Rev Logop Fon Audiol. 2017;37:105-10. [ Links ]

23 Urra X, Ariño H, Llull L, Amaro S, Obach V, Cervera À, et al. The outcome of patients with mild stroke improves after treatment with systemic thrombolysis. PLoS One. 2013;8(3):e59420. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0059420. PMid:23527192. [ Links ]


Submetido em:
24/09/2018

Aceito em:
03/05/2019

5e3eaffe0e8825d3339471a6 codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections