CoDAS
https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/e20240158pt
CoDAS
Artigo Original

Classificação da paralisia facial central: análise de concordância

Nathallie Angel Conceição da Silva Andrade; Raquel Karoline Gonçalves Amaral; Laélia Cristina Caseiro Vicente; Aline Mansueto Mourão

Downloads: 0
Views: 9

Resumo

Objetivo: Identificar se há concordância inter e intra-avaliadores na classificação do grau de paralisia facial central por meio de duas escalas, e qual delas é mais adequada para classificar a gravidade da mímica facial de acordo com a opinião de especialistas.

Método: Estudo observacional, prospectivo de corte transversal de análise de concordância das escalas de House & Brackmann (HB) e do Sistema de Graduação Facial Sunnybrook (SFGS), realizado com cinco fonoaudiólogos com experiência clínica que analisaram a expressão facial de 30 indivíduos adultos após Acidente Vascular Cerebral para concordância interavaliadores. As avaliações foram realizadas em duas etapas, com 10 dias de intervalo, sendo a segunda etapa com 20% da amostra inicial para concordância intra-avaliadores. Foi empregado o coeficiente kappa ponderado para a escala HB e o coeficiente de correlação intraclasse ICC para a classificação SFGS.

Resultados: A escala HB indicou concordâncias interavaliadores considerável e intra-avaliadores excelente. O SFGS apresentou boa concordância interavaliadores e intra-avaliadores. Todos os fonoaudiólogos consideraram o SFGS como a escala mais adequada para classificação da paralisia facial central.

Conclusão: O SFGS demonstrou desempenho superior na análise da concordância interavaliadores. A escala HB evidenciou méritos consideráveis na avaliação intra-avaliadores. Ambas as escalas estão aptas a serem adaptadas e utilizadas na avaliação e classificação da paralisia facial central, contudo, os fonoaudiólogos indicaram a SFGS como a mais adequada.

Palavras-chave

Paralisia Facial, Avaliação, Escalas, Classificação, Fonoaudiologia

References

1 Pimenta E, Costa A, Bule JM, Reis G. Recuperar a expressão facial após parésia facial central. Revista Ibero-Americana de Saúde e Envelhecimento. 2019;5(1):1691-706. http://doi.org/10.24902/r.riase.2019.5(1).1691.

2 Calais LL, Gomez MVSG, Bento RF, Comerlatti LR. Avaliação funcional da mímica na paralisia facial central por acidente cerebrovascular. Pro Fono. 2005;17(2):213-22. http://doi.org/10.1590/S0104-56872005000200010.

3 Yoshino Y, Gono Y, Tsuboi K. Acute peripheral facial paralysis caused by tegmental pontine infarction. BMJ Case Rep. 2024;17(4):e259534. http://doi.org/10.1136/bcr-2023-259534. PMid:38670569.

4 House JW, Brackmann DE. Facial nerve grading system. Otolaryngol Head Neck Surg. 1985;93(2):146-7. http://doi.org/10.1177/019459988509300202. PMid:3921901.

5 Lacôte M, Chevalier AM, Miranda A, Bleton J, Stevenin P. Avaliação da função motora da face nas lesões periféricas e centrais. In: Lacôte M, Chevalier AM, Miranda A, Bleton JP, Stevenin P, editors. Avaliação clínica da função muscular. São Paulo: Manole; 1987. p. 13-35.

6 Stennert E. Facial nerve paralysis scoring system. In: Fish U, ed. Facial Nerve Surgery. Amstelveen, The Netherlands: Kugler Medical Publications, 1977:543–7.

7 Ross BR, Fradet G, Nedzelski JM. Development of a sensitive clinical facial grading system. Eur Arch Otorhinolaryngol. 1994:S180-1. http://doi.org/10.1007/978-3-642-85090-5_63. PMid:10774344.

8 Garcia LRS, de Almeida Junior JJ, Souza Neto HAO, Garcia LRS. Acupuntura no tratamento da paralisia facial periférica: uma revisão sistemática. Revista Recien. 2021;11(33):53-63. http://doi.org/10.24276/rrecien2021.11.33.53-63.

9 Fonseca KMO, Mourão AM, Motta AR, Vicente LC. Scales of degree of facial paralysis: analysis of agreement. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2015;81(3):288-93. http://doi.org/10.1016/j.bjorl.2014.04.005. PMid:25497850.

10 Santos JM, da Silva IT. Knowledge of physiotherapists about the treatment of peripheral facial palsy. Res Soc Dev. 2022;11(10):e93111032527. http://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32527.

11 Rodríguez-Acelas AL, Cañon-Montañez W. Contribuições das escalas em saúde como ferramentas que influenciam decisões no cuidado dos pacientes. Rev Cuid (Bucaramanga). 2018;9(1):1957-60. http://doi.org/10.15649/cuidarte.v9i1.498.

12 Melo TKMD, Andrade PF, Mateus SRM, Santos-Couto-Paz CCD. Psychometric properties of the Brazilian version of the Sunnybrook Facial Grading System. Fisioter Mov. 2022;35:e35123. http://doi.org/10.1590/fm.2022.35123.

13 Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics. 1977;33(1):159-74. http://doi.org/10.2307/2529310. PMid:843571.

14 Koo TK, Li MY. A guideline of selecting and reporting intraclass correlation coefficients for reliability research. J Chiropr Med. 2016;15(2):155-63. http://doi.org/10.1016/j.jcm.2016.02.012. PMid:27330520.

15 Fabricius J, Simple FK, Mohit K. Assessment and rehabilitation interventions for central facial palsy in patients with acquired brain injury: a systematic review. Brain Inj. 2021;35(5):511-9. http://doi.org/10.1080/02699052.2021.1890218. PMid:33645363.

16 Sun MZ, Oh MC, Safaee M, Kaur G, Parsa AT. Neuroanatomical correlation of the House-Brackmann grading system in the microsurgical treatment of vestibular schwannoma. Neurosurg Focus. 2012;33(3):E7. http://doi.org/10.3171/2012.6.FOCUS12198. PMid:22937858.

17 Tavares ADC, Souza WP, Jesus EA. Intervenção fisioterapêutica no tratamento de paciente com paralisia facial periférica: estudo de caso. Saúde Pesqui. 2018;1(1):179-89. http://doi.org/10.17765/1983-1870.2018v11n1p179-189.

18 Batista KT. Paralisia facial: análise epidemiológica em hospital de reabilitação. Rev Bras Cir Plást. 2011;26(4):591-5.

19 Cabrol C, Elarouti L, Montava AL, Jarze S, Mancini J, Lavieille JP, et al. Sunnybrook facial grading system: intra-rater and inter-rater variabilities. Otol Neurotol. 2021;42(7):1089-94. http://doi.org/10.1097/MAO.0000000000003140. PMid:34260513.

20 Van Veen MM, Bruins TE, Artan M, Werker PMN, Dijkstra PU. Learning curve using the Sunnybrook Facial Grading System in assessing facial palsy: an observational study in 100 patients. Clin Otolaryngol. 2020;45(5):823-6. http://doi.org/10.1111/coa.13574. PMid:32419362.

21 Dias MP, Silva MFF, Barreto SS. Reabilitação fonoaudiológica na paralisia facial periférica: revisão integrativa. Audiol Commun Res. 2021;26:e2478. http://doi.org/10.1590/2317-6431-2021-2478.

22 Tramontano M, Morone G, LA Greca FM, Marchegiani V, Palomba A, Iosa M, et al. Sunnybrook Facial Grading System reliability in subacute stroke patients. Eur J Phys Rehabil Med. 2021;57(5):685-90. http://doi.org/10.23736/S1973-9087.21.06629-6. PMid:34105919.

23 Mat Lazim N, Ismail H, Abdul Halim S, Nik Othman NA, Haron A. Comparison of 3 Grading Systems (House-Brackmann, Sunnybrook, Sydney) for the assessment of facial nerve paralysis and prediction of neural recovery. Medeni Med J. 2023;38(2):111-9. http://doi.org/10.4274/MMJ.galenos.2023.42383. PMid:37338861.

24 Neville C, Beurskens C, Diels J, MacDowell S, Rankin S. Consensus among international facial therapy experts for the management of adults with unilateral facial palsy: a two-stage nominal group and Delphi study. Facial Plastic Surgery Aesthetic Medicine. 2024;26(4):405-17. http://doi.org/10.1089/fpsam.2023.0101.

25 Gardona RGB, Barbosa DA. The importance of clinical practice supported by health assessment tools. Rev Bras Enferm. 2018;71(4):1815-6. http://doi.org/10.1590/0034-7167-2018710401. PMid:30156664.
 


Submitted date:
06/09/2024

Accepted date:
10/06/2024

688c2327a953954ee436bae5 codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections