CoDAS
https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20242023200pt
CoDAS
Original Article

Escala de Coping para Fala em Público (ECOFAP): evidências de validade de conteúdo e processos de resposta

Speaking in Public Coping Scale (ECOFAP): content and response process validity evidence

Anna Carolina Ferreira Marinho; Adriane Mesquita de Medeiros; Eduardo de Paula Lima; Letícia Caldas Teixeira

Downloads: 0
Views: 93

Resumo

Resumo: Objetivo: Apresentar as evidências de validade baseadas no conteúdo e nos processos de resposta da Escala de Coping para a Fala em Público (ECOFAP).

Método: Estudo metodológico de elaboração e validação de instrumento. Seguiu-se o modelo de elaboração de instrumentos com procedimentos teóricos, empíricos e analíticos, baseados nos critérios de validade do Standards for Educational and Psychological Testing (SEPT). O processo de obtenção das evidências de validade baseadas no conteúdo foi realizado em duas etapas: 1) definição conceitual do construto, elaborado com base nos preceitos teóricos da fala em público e da Teoria Motivacional do Coping (TMC); 2) elaboração dos itens e chave de respostas, estruturação do instrumento, avaliação por comitê de dez especialistas, reestruturação dos itens da escala, realizada em três momentos, até a elaboração da versão piloto da ECOFAP. O processo de resposta foi realizado com amostra de conveniência de 30 indivíduos, com e sem dificuldades de fala em público, no campus de uma universidade brasileira, pertencentes a diferentes extratos sociais e profissões. Nesse processo, foram analisadas qualitativamente as reações verbais e não verbais dos respondentes.

Resultados: A primeira versão da ECOFAP, composta por 46 itens, foi avaliada pelos juízes e posteriormente reformulada, resultando em uma segunda versão com 60 itens. Essa segunda versão foi novamente submetida à análise de especialistas e calculado o índice de validade de conteúdo por item. Foram excluídos 18 itens, originando uma terceira versão de 42 itens. As evidências de validade com base nos processos de resposta da versão de 42 itens foram aplicadas em uma amostra de 30 indivíduos, resultando na reescrita de um item e inclusão de mais seis itens, originando a versão piloto da ECOFAP de 48 itens.

Conclusão: A versão piloto da ECOFAP apresenta itens bem estruturados semântica e sintaticamente que representam estratégias de enfrentamento para a fala em público.

Palavras-chave

Fala, Estudo de Validação, Adaptação Psicológica, Inquéritos e Questionários, Autoteste

Abstract

Purpose: To present the content and response process validity evidence of the Speaking in Public Coping of Scale (ECOFAP).

Methods: A methodological study to develop and validate the instrument. It followed the instrument development method with theoretical, empirical, and analytical procedures, based on the validity criteria of the Standards for Educational and Psychological Testing (SEPT). The process of obtaining content validity evidence had two stages: 1) conceptual definition of the construct, based on theoretical precepts of speaking in public and the Motivational Theory of Coping (MTC); 2) developing items and response keys, structuring the instrument, assessment by a committee with 10 specialists, restructuring scale items, and developing the ECOFAP pilot version. Item representativity was analyzed through the item content validity index. The response process was conducted in a single stage with a convenience sample of 30 people with and without difficulties speaking in public, from the campus of a Brazilian university, belonging to various social and professional strata. In this process, the respondents’ verbal and nonverbal reactions were qualitatively analyzed.

Results: The initial version of ECOFAP, consisting of 46 items, was evaluated by judges and later reformulated, resulting in a second version with 60 items. This second version was again submitted for expert analysis, and the content validity index per item was calculated. 18 items were excluded, resulting in a third version of 42 items. The validity evidence based on the response processes of the 42-item version was applied to a sample of 30 individuals, resulting in the rewriting of one item and the inclusion of six more items, resulting in the pilot version of ECOFAP with 48 items.

Conclusion: ECOFAP pilot version has items with well-structured semantics and syntactic, representing strategies to cope with speaking in public.

Keywords

Speech; Validation Study; Adaptation Psychological; Surveys and Questionnaries; Self-Testing

References

1 Lucas SE. The art of public speaking. 12th ed. New York. McGraw-Hill Education; 2015. 447 p.

2 Behlau M, Barbara M. Comunicação consciente: o que comunico quando me comunico. 1ª ed. Rio de Janeiro : Thieme Revinter; 2022. 160 p.

3 Grilo APS, Oliveira AAP, Puggina ACG. Public speaking: relationship with competency in communication, anxiety and student oratory experiences. Rev Eferm Cent Oeste Min. 2019;9:e3534. http://doi.org/10.19175/recom.v9i0.3534.

4 Romano CC, Alves LA, Secco IA, Ricz LN, Robazzi ML. The expressiveness of a university professor in his classroom performance: analysis of verbal resources and implications for nursing. Rev Lat Am Enfermagem. 2011;19(5):1188-96. http://doi.org/10.1590/S0104-11692011000500017. PMid:22030584.

5 Osório FL, Crippa JA, Loureiro SR. Aspectos cognitivos do falar em público: validação de uma escala de autoavaliação para universitários brasileiros. Arch Clin Psychiatry. 2012;39(2):48-53. http://doi.org/10.1590/S0101-60832012000200002.

6 Oliveira BLD, Sales HFS, Lima KS, Santos NA, Galdino MKC. Adaptation of the Public Speaking Anxiety Scale (PSAS) for Brazil. Contextos Clín. 2020;13(1):19-35. http://doi.org/10.4013/ctc.2020.131.02.

7 Bodie GD. A racing heart, rattling knees, and ruminative thoughts: defining, explaining, and treating Public Speaking Anxiety. Commun Educ. 2010;59(1):70-105. http://doi.org/10.1080/03634520903443849.

8 Furukawa TA, Watanabe N, Kinoshita Y, Kinoshita K, Sasaki T, Nishida A, et al. Public speaking fears and their correlates among 17,615 japonese adolescentes. Asia-Pac Psychiatry. 2014;6(1):99-104. http://doi.org/10.1111/j.1758-5872.2012.00184.x. PMid:23857766.

9 Skinner EA, Edge K, Altman J, Sherwood H. Searching for the structure of coping: a review and critique of category systems for classifying ways of coping. Psychol Bull. 2003;129(2):216-69. http://doi.org/10.1037/0033-2909.129.2.216. PMid:12696840.

10 Skinner EA, Wellborn JG. Coping during childhood and adolescence: a motivational perspective. Life-span Development and Behavior. 1994;12:91-133.

11 Lazarus RS, Folkman S. Stress, appraisal and coping. New York: Springer Publishing Company; 1984.

12 Pimentel CE, Vargas MM, Almeida TO, Maynart VAP, Figueiredo SMCT. Evidências de validade e precisão da Escala de Coping através de Ouvir Música. Psico-USF. 2012;179(1):141-51. http://doi.org/10.1590/S1413-82712012000100015.

13 Oliveira G, Zambon F, Vaiano T, Costa F, Behlau M. Versões reduzidas para protocolo clínico de enfrentamento das disfonias. CoDAS. 2016;28(6):828-32. http://doi.org/10.1590/2317-1782/20162015177. PMid:27982248.

14 Skinner EA, Zimmer-Gembeck M. Coping and the development of regulation: new directions for child and adolescent development. San Francisco: Jossey-Bass; 2009. pp. 5-17

15 Skinner EA, Edge K. Parenting, motivation, and the development of coping. Lincoln: University of Nebraska Press; 2002. p. 77-143.

16 Skinner EA, Zimmer-Gembeck MJ. The development of coping. Annu Rev Psychol. 2007;58(1):119-44. http://doi.org/10.1146/annurev.psych.58.110405.085705. PMid:16903804.

17 Maldonado I, Reich M. Estrategias de afrontamiento y medo a hablar em público en estudiantes universitários a nível de grado. Cienc Psicol. 2013;7(2):165-8. http://doi.org/10.22235/cp.v7i1.1058.

18 Marinho ACF, Medeiros AM, Pantuza JJ, Teixeira LC. Autopercepção de timidez e sua relação com aspectos da fala em público. CoDAS. 2020;32(5):e20190097. http://doi.org/10.1590/2317-1782/20202019097. PMid:33053085.

19 Hancock AB, Stone MD, Brundage SB, Zeigler MT. Public speaking attitudes: does curriculum make a difference? J Voice. 2010;24(3):302-7. http://doi.org/10.1016/j.jvoice.2008.09.007. PMid:19481418.

20 Marinho ACF, Medeiros AM, Lima EP, Teixeira LC. Instrumentos de avaliação e autoavaliação da fala em público: uma revisão integrativa da literatura. Audiol Commun Res. 2022;27:e2539. http://doi.org/10.1590/2317-6431-2021-2539.

21 AERA: American Educational Research Association. American Psychological Association. National Council on Measurement in Education. Standards for educational and psychological testing. New York: AERA; 2014.

22 Carretero-Dios H, Perez C. Standards for the development and review of instrumental studies: considerations about test selection in psychological research. Int J Clin Health Psychol. 2007;7:863-82.

23 Pernambuco LA, Espelt A, Magalhães HV Jr, Cavalcanti RVA, Lima KC. Recommendations for elaboration, transcultural adaptation and validation process of tests in Speech, Hearing and Language Pathology. CoDAS. 2017;29(3):e20160217. PMid:28614460.

24 Pasquali L. Psicometria. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(spe):992-9. http://doi.org/10.1590/S0080-62342009000500002.

25 Pasquali L. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed; 1999. p. 37-157.

26 Alexandre NMC, Coluci MZO. Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Cien Saude Colet. 2011;16(7):3061-8. http://doi.org/10.1590/S1413-81232011000800006. PMid:21808894.

27 Gallardo RY, Olmos RC. The Delphi method and the investigation in health services. Cienc Enferm. 2008;14:9-15.

28 Keeney S, Hasson F, McKenna H. Consulting the oracle: ten lessons from using the Delphi technique in nursing research. J Adv Nurs. 2006;53(2):205-12. http://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2006.03716.x. PMid:16422719.

29 Polit D, Beck CT, Owen S. Is the CVI an acceptable indicator of content validity? Appraisal and recommendations. Res Nurs Health. 2007;30(4):459-67. http://doi.org/10.1002/nur.20199. PMid:17654487.

30 Vasconcelos AG, Nascimento E. Teoria Motivacional do Coping: um modelo hierárquico e desenvolvimental. Aval Psicol. 2016;15:77-87. https://doi.org/10.1590/0103-166X2015000200011.

31 Celeste LC, Lima AM, Seixas JMA, Silva MA, Silva EM. Treinamento da performance comunicativa em universitários da área da saúde. Audiol Commun Res. 2018;23(0):e1879. http://doi.org/10.1590/2317-6431-2017-1879.

32 Lira AAM, Borrego MC, Behlau M. Autoavaliação dos recursos comunicativos por representantes comerciais e sua relação com o desempenho em vendas. CoDAS. 2019;31(6):e20190067. http://doi.org/10.1590/2317-1782/20192019067. PMid:31721891.

33 Almeida AA, Behlau M. Adaptação cultural do Questionário Reduzido de Autorregulação: sugestões de aplicação para área de voz. CoDAS. 2017;29(5):e20160199. http://doi.org/10.1590/2317-1782/20172016199. PMid:28813068.

34 Vinney LA, Turkstra LS. The role of self-regulation in voice therapy. J Voice. 2013;27(3):390.e1-11. http://doi.org/10.1016/j.jvoice.2013.01.003. PMid:23639733.

35 Moraes F, Benetti ER, Herr GE, Stube M, Stumm EM, Guido LA. Coping strategies used by nursing professionals in neonatal intensive care. Rev Min Enferm. 2016;20:e966. http://doi.org/10.5935/1415-2762.20160036.

36 Silveira CM, Bellaguarda ML, Canever B, Costa R, Knihs NS, Caldeira S. Coping da equipe de enfermagem no processo morte-morrer em unidade neonatal. Acta Paul Enferm. 2022;35:eAPE02261. http://doi.org/10.37689/acta-ape/2022AO02261.

37 Silva AMB, et al. Scale of Coping with Pain for Dancers (COPAIN-Dancer): construction and validity evidences. Rev Psicol. 2019;37(1):159193. http://doi.org/10.18800/psico.201901.006.

38 Pernambuco LA, Espelt A, Magalhães HV Jr, Lima KC. Screening for Voice Disorders in Older Adults (RAVI)-part I: validity evidence based on test content and response processes. J Voice. 2016;30(2):246.e9-17. http://doi.org/10.1016/j.jvoice.2015.04.008. PMid:25979792.
 


Submitted date:
08/06/2023

Accepted date:
11/20/2023

6657aa45a953957599517433 codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections