Audiological findings of family farmers exposed to pesticides
Achados audiológicos de agricultores familiares paranaenses expostos a agrotóxicos
Diolen Conceição Barros Lobato; Patrícia Arruda de Souza Alcarás; Denise Maria Vaz Romano França; Cláudia Giglio de Oliveira Gonçalves; Adrian Fuente; Adriana Bender Moreira de Lacerda;
Abstract
Purpose
To analyze the possible differences among the hearing of farmers and their families when compared to the population not exposed to pesticides.
Methods
Cross-sectional study with 70 smallholder family farmers (research group), with the mean age of 39.7 years, of both sexes and a mean of 23.7 years of exposure to pesticides. We included a control group with 71 participants of both sexes with the mean age of 39.5 years, not exposed to either noise or chemical substances, to compare the results. In stage 1, both groups were submitted to conventional and high-frequency audiometry, and acoustic immittance. In stage 2, only people with normal hearing were submitted to the evoked otoacoustic emissions and suppression effect on transient otoacoustic emissions.
Results
Significant differences were observed between the groups in the conventional pure-tone and in the high-frequency audiometry, as well as in the acoustic reflex. The most affected frequencies in the conventional pure-tone audiometry ranged from 3 to 6 kHz and, in the high-frequency audiometry, from 9000 to 11200 Hz. As for the transient otoacoustic emissions, the worse suppression effect results were found in the research group.
Conclusion
There were differences among the hearing of family farmers and the control group. The conventional auditory thresholds are related to the group, age and sex. Farming is associated with impairments in the basal region of the cochlea, absence of acoustic reflex, reduced signal-to-noise ratio of the transient otoacoustic emissions, and dysfunction in the olivocochlear efferents of the auditory system.
Keywords
Resumo
Objetivo
Analisar as possíveis diferenças na audição de agricultores e suas famílias em comparação com população não exposta aos agrotóxicos.
Método
Estudo transversal, com 70 participantes (grupo pesquisa), com média de idade de 39,7 anos, de ambos os sexos, proprietários de pequenos estabelecimentos agrícolas vinculados a agricultura familiar e tempo de exposição médio aos agrotóxicos de 23,7 anos. Um grupo controle com 71 participantes de ambos os sexos, sem exposição a ruído e agentes químicos, com idade média de 39,5 anos, foi incluído para a comparação dos resultados. Na etapa 1, ambos os grupos foram submetidos a audiometria convencional e de altas frequências e imitanciometria. Na etapa 2, somente os normoouvintes foram submetidos as emissões otoacústicas evocadas e efeito de supressão das emissões otoacústicas transientes.
Resultados
Observou-se diferenças significativas entre os grupos para audiometria tonal convencional e de altas frequências, e no reflexo acústico. As frequências mais afetadas na audiometria tonal convencional foram 3 a 6kHz e na audiometria de altas frequências foram as frequências de 9.000 e 11.200 Hz. Nas emissões otoacusticas transientes, observou-se no efeito de supressão piores resultados no grupo de pesquisa.
Conclusão
Conclui-se que houve diferenças na audição dos agricultores familiares em comparação com o grupo controle. Os limiares auditivos convencionais estão relacionados em função do grupo, idade e gênero. O trabalho na agricultura está associado com o comprometimento na região basal da cóclea, à ausência de reflexo acústico, à redução da relação sinal/ruído das emissões otoacústicas transientes e à disfunção do sistema auditivo eferente olivococlear.
Palavras-chave
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