CoDAS
https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20232022009en
CoDAS
Artigo Original

Profile of fluency in spontaneous speech, reading, and retelling of texts by adults who stutter

Perfil da fluência na fala espontânea, leitura e no reconto de textos de adultos que gaguejam

Samuel Lopes da Silva; Luciana Mendonça Alves; Denise Brandão de Oliveira e Britto

Downloads: 0
Views: 386

Abstract

Purpose

to describe the profile of fluency concerning the typology of disfluencies, speed, and frequency of disruptions in spontaneous speech, reading, and retelling; to compare the fluency profile in adults who stutter in spontaneous speech, reading, and retelling of text.

Methods

The present work is a cross-sectional comparative study with a sample composed of 15 adults who stutter of both sexes, with higher education or equivalent to complete elementary school II. Samples were collected in the tasks of spontaneous speech, reading, and text retelling through video calls made individually with the participants. The first 200 syllables expressed in each task were transcribed and analyzed according to the Fluency Profile Assessment Protocol (FPAP). The study compared the frequency of common and stuttering disfluencies and the speed in the different tasks surveyed. The Kruskal & Wallis test was used together with Duncan's multiple comparisons test to compare the medians and verify possible differences between the tasks researched with a significance level of 5%.

Results

The reading task presented a lower number of common disfluencies and a percentage of speech discontinuity about spontaneous speech and retelling tasks. No statistically significant differences were found between stuttering disfluencies in the three tasks surveyed.

Conclusion

This study showed that there are differences in the occurrence of common disfluencies - hesitations, interjections, and revisions - and in the percentage of speech discontinuity during an oral reading of adults who stutter concerning spontaneous speech and text retelling.

Keywords

Language and Hearing Sciences; Stuttering; Reading; Speech; Adult; Childhood-Onset Fluency Disorder

Resumo

Objetivo

descrever o perfil da fluência em relação à tipologia das disfluências, velocidade e frequência de rupturas na fala espontânea, na leitura e no reconto; comparar o perfil da fluência em adultos que gaguejam na fala espontânea, na leitura e no reconto de texto.

Método

O trabalho é um estudo transversal comparativo com amostra composta por 15 adultos que gaguejam de ambos os sexos, com formação superior ou equivalente ao ensino fundamental II completo. Foram coletadas amostras nas tarefas de fala espontânea, leitura e reconto de texto por meio de video chamadas realizadas individualmente. As 200 primeiras sílabas expressas de cada tarefa foram transcritas e analisadas segundo o Protocolo de Avaliação do Perfil da Fluência (PAPF). O estudo comparou a frequência das disfluências comuns e gagas e a velocidade nas tarefas pesquisadas. Adotou-se o teste de Kruskal & Wallis em conjunto com o de comparações múltiplas de Duncan para comparar as medianas e verificar possíveis diferenças entre as tarefas pesquisadas com nível de significância de 5%.

Resultados

A tarefa de leitura apresentou menor número de disfluências comuns e percentual de descontinuidade de fala em relação às tarefas de fala espontânea e reconto. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre as disfluências gagas nas três tarefas pesquisadas.

Conclusão

Este trabalho mostrou que existem diferenças na ocorrência das disfluências comuns - hesitações, interjeições e revisões - e no percentual de descontinuidade de fala durante a leitura oral de adultos que gaguejam em relação à fala espontânea e ao reconto de texto.

Palavras-chave

Fonoaudiologia; Gagueira; Leitura; Fala; Adulto; Transtorno da Fluência com Início na Infância

Referências

  1. Nogueira PR, Oliveira CMC, Giacheti CM, Moretti-Ferreira D. Gagueira desenvolvimental persistente familial: disfluências e prevalência. Rev CEFAC. 2015;17(5):1441-8. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0216201517510214
  2. Arcuri CF, Osborn E, Schiefer AM, Chiari BM. Taxa de elocução de fala segundo a gravidade da gagueira. Pró-Fono R Atual Cient. 2009;21(1):45-50. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-56872009000100008
  3. Andrade CRF. Adolescentes e adultos com gagueira: fundamentos e aplicações clínicas. Barueri: Pró-Fono; 2017.
  4. Fiorin M, Ugarte CV, Capellini SA, Oliveira CMC. Fluência da leitura e da fala espontânea de escolares: estudo comparativo entre gagos e não gagos. Rev CEFAC. 2015;17(1):151-8. http://dx.doi.org/10.1590/1982-021620152014
  5. Andrade AJL, Celeste LC, Alves LM. Caracterização da fluência de leitura em escolares do Ensino Fundamental II. Audiol Commun Res. 2019;24:e1983. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2018-1983
  6. Fuchs LS, Fuchs D, Hosp MK, Jenkins JR. Oral Reading fluency as an indicator of reading competence: a theoretical, empirical, and historical analysis. Sci Stud Read. 2001;5(3):239-56. http://dx.doi.org/10.1207/S1532799XSSR0503_3
  7. Pinto JCB, Schiefer AM, Ávila CRB. Disfluências e velocidade de fala em produção espontânea e em leitura oral em indivíduos gagos e não gagos. Audiol Commun Res. 2013;18(2):63-70. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013000200003
  8. Gentilini LKS, Andrade MEP, Basso FP, Salles JF, Martins-Reis VO, Alves LM. Desenvolvimento de instrumento para avaliação coletiva da fluência e compreensão de leitura textual em escolares do ensino fundamental II. CoDAS. 2020;32(2):e20190015. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20192019015 PMid:32130312.
  9. Oliveira CMC, Santos MJP, Giacheti CM, Ferrari C. Prevalência familial e razão sexual da gagueira nos familiares de crianças gagas. In: 8º Congresso de extensão universitária da UNESP [Internet]; 2015; Marília. Marília: UNESP; 2015. p. 1-8. [citado em 2022 Jan 14]. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/142529
  10. Drayna D, Kilshaw J, Kelly J. The sex ratio in familial persistent stuttering. Am J Hum Genet. 1999;65(5):1473-5. http://dx.doi.org/10.1086/302625 PMid:10521318.
  11. Carvalho S. Automonitoramento da fala de adultos que gaguejam. Distúrbios Comun. 2014;26(4):686-93.
  12. Pinto JS, Picoloto LA, Capellini SA, Palharini TA, Oliveira CMC. Fluência e compreensão da leitura em escolares com e sem gagueira. CoDAS. 2021;33(5):e20200059. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20202020059 PMid:34259753.
  13. Alves LM, Santos LFD, Miranda ICC, Carvalho IM, Ribeiro GL, Freire LSC, et al. Evolução da velocidade de leitura no Ensino Fundamental I e II. CoDAS. 2021;33(5):e20200168. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20202020168 PMid:34259754.
  14. Cunha VLO, Silvia C, Capellini SA. Correlação entre habilidades básicas de leitura e compreensão de leitura. Estud Psicol. 2012;29(1, suppl 1):799-807. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2012000500016
  15. Bottino AG, Correa J. A compreensão leitora de jovens e adultos tardiamente escolarizados. Psicol Reflex Crit. 2013;26(2):405-13. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722013000200021
  16. Kawano CE, Kida ASB, Carvalho CAF, Ávila CRB. Parâmetros de fluência e tipos de erros na leitura de escolares com indicação de dificuldades para ler e escrever. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2011;16(1):9-18. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342011000100004
  17. Wagner RK. Relations among oral reading fluency, silent reading fluency, and reading comprehension: a latent variable study of firstgrade readers. Sci Stud Read. 2011;15(4):338-62. http://dx.doi.org/10.1080/10888438.2010.493964 PMid:21747658.
  18. Costa JB, Ritto AP, Juste FS, Andrade CR. Comparação da performance de fala em indivíduos gagos e fluentes. CoDAS. 2017;29(2):e20160136. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016136 PMid:28327784.
  19. Alm PA. Stuttering and the basal ganglia circuits: a critical review of possible relations. J Commun Disord. 2004;37(4):325-69. http://dx.doi.org/10.1016/j.jcomdis.2004.03.001 PMid:15159193.
  20. Alm PA. Um novo referencial para compreender a gagueira: o modelo pré-motor duplo. IFA Congress. 2006:1-6.
  21. Dehaene S. A aprendizagem da leitura modifica as redes corticais da visão e da linguagem verbal. Let Hoje. 2013;48(1):148-52.
  22. Roberts PM, Meltzer A, Wilding J. Disfluencies in non-stuttering adults across sample lengths and topics. J Commun Disord. 2009;42(6):414-27. http://dx.doi.org/10.1016/j.jcomdis.2009.06.001 PMid:19628214.
  23. Buzzeti PBMM, Fiorin M, Martinelli NL, Cardoso ACV, Oliveira CMC. Comparação da leitura de escolares com gagueira em duas condições de escuta: habitual e atrasada. Rev CEFAC. 2016;18(1):67-73. https://doi.org/10.1590/1982-0216201618114015
  24. Silva P, da Silva P, Marconato E, Picoloto L, Vilela L, Oliveira C. Pausas e hesitações na fala de adultos com e sem gagueira. Distúrb Comun. 2019;31(2):217-24. http://dx.doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i2p217-224
  25. Hlavac J. Hesitation and monitoring phenomena in bilingual speech: a consequence of code-switching or a strategy to facilitate its incorporation? J Pragmatics. 2011;43(15):3793-806. http://dx.doi.org/10.1016/j.pragma.2011.09.008
  26. Andrade CRF, Martins VO. Influencia del sexo y el nivel educativo en la fluidez del habla en personas adultas. Rev Logop Fon Audiol. 2011;31(2):74-81. http://dx.doi.org/10.1016/S0214-4603(11)70175-9
  27. Martins MA, Capellini SA. Fluência e compreensão da leitura em escolares do 3º ao 5º ano do ensino fundamental. Estud Psicol (Campinas). 2014;31(4):499-506. https://doi.org/10.1590/0103-166X2014000400004
     
65a8713fa95395510e63c002 codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections