CoDAS
https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20212021256en
CoDAS
Artigo Original

Temporal auditory processing in people exposed to musical instrument practice

Processamento auditivo temporal em indivíduos expostos à prática musical instrumental

Flavio Van Ryn Junior; Débora Lüders; Raquel Leme Casali; Maria Isabel Ramos do Amaral

Downloads: 0
Views: 728

Abstract

Purpose

To investigate the influence of musical instrument practice on temporal auditory abilities and on the results of cortical potentials related to auditory events (P300) in a group of young musicians compared to individuals without experience in musical practice.

Methods

This is a prospective cross-sectional observational study. In total, 34 individuals between 18 and 30 years old, of both sexes, took part and were divided in two groups: Group I (GI), composed of musicians (n=16), and Group II (GII), composed of non-musicians (n=18). All participants underwent behavioral evaluation of temporal auditory processing, composed of Duration Pattern Sequence Test (DPS), Pitch Pattern Sequence Test (PPS), Random Gap Detection Test (RGDT) and electrophysiological evaluation – Long Latency Auditory Evoked Potential – P300. GI also answered a specific questionnaire to characterize musical practice.

Results

We observed statistically significant differences with superior performance of GI compared with GII in all behavioral tests (p<0.001*). The groups’ performance was similar regarding the latency and amplitude parameters analyzed from LLAEP-300 data (p>0.05).

Conclusion

The findings show a positive influence of musical practice toward the improvement of auditory abilities of temporal ordering and resolution. All participants presented adequate cortical functioning of the central auditory nervous system, without significant differences between musicians and non-musicians when considering P300 amplitude and latency.

Keywords

Auditory Perception; Music; Hearing Tests; Evoked Potentials Auditory; Adult

Resumo

Objetivo

Investigar a influência da prática musical instrumental nas habilidades auditivas temporais e nos resultados de potenciais corticais relacionados a eventos auditivos (P300) em um grupo de jovens músicos em comparação com indivíduos sem experiência prática musical.

Método

Trata-se de um estudo prospectivo, observacional, analítico e transversal. Participaram 34 indivíduos entre 18 a 30 anos, de ambos os sexos, divididos em dois grupos: Grupo I (GI), composto por indivíduos músicos (n=16) e Grupo II (GII), composto por indivíduos não músicos (n=18). Todos os participantes realizaram avaliação comportamental do processamento auditivo temporal, composta pelos testes de Padrão de Duração (TPD), Padrão de Frequência (TPF), Random Gap Detection (RGDT) e avaliação eletrofisiológica - Potencial Evocado Auditivo de Longa Latência (PEALL) - P300. O GI respondeu também a um questionário específico para caracterização da prática musical.

Resultados

Foram observadas diferenças estatisticamente significantes com desempenho superior do GI em relação ao GII em todos os testes comportamentais aplicados (p<0,001*). Não foram encontradas diferenças significantes entre os grupos com relação aos parâmetros de latência e amplitude analisados a partir da obtenção do PEALL-300 (p>0,05).

Conclusão

Os achados demonstraram influência positiva da prática musical em relação ao aprimoramento de habilidades auditivas de ordenação e resolução temporal. Todos os participantes apresentaram adequado funcionamento cortical do sistema nervoso auditivo central, sem diferenças significantes entre músicos e não músicos nos parâmetros de amplitude e latência do P300.

Palavras-chave

Percepção Auditiva; Música; Testes Auditivos; Potenciais Evocados Auditivos; Adulto

Referências

  1. Braz CH, Gonçalves LF, Paiva KM, Haas P, Patatt FSA. Implications of musical practice in central auditory processing: a systematic review. Braz J Otorhinolaryngol. 2021;87(2):217-26. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2020.10.007 PMid:33309194.
  2. Habibi A, Cahn BR, Damasio A, Damasio H. Neural correlates of accelerated auditory processing in children engaged in music training. Dev Cogn Neurosci. 2016;21:1-14. http://dx.doi.org/10.1016/j.dcn.2016.04.003 PMid:27490304.
  3. Litovsky R. Development of the auditory system. Handb Clin Neurol. 2015;129:55-72. http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-444-62630-1.00003-2 PMid:25726262.
  4. Imfeld A, Oechslin MS, Meyer M, Loenneker T, Jancke L. White matter plasticity in the corticospinal tract of musicians: a diffusion tensor imaging study. Neuroimage. 2009;46(3):600-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.neuroimage.2009.02.025 PMid:19264144.
  5. Steele CJ, Bailey JA, Zatorre RJ, Penhune VB. Early musical training and white-matter plasticity in the corpus callosum: evidence for a sensitive period. J Neurosci. 2013;33(3):1282-90. http://dx.doi.org/10.1523/JNEUROSCI.3578-12.2013 PMid:23325263.
  6. Bigand E. Música: uma atividade promissora para a estimulação cognitiva. Música em Contexto. 2014;8(1):140-68.
  7. Altenmüller E, Furuya S. Brain plasticity and the concept of metaplasticity in skilled musicians. Adv Exp Med Biol. 2016;957:197-208. http://dx.doi.org/10.1007/978-3-319-47313-0_11 PMid:28035567.
  8. Shinn JB. Temporal processing: the basics. Hear J. 2003;56(7):52. http://dx.doi.org/10.1097/01.HJ.0000292557.52409.67
  9. Musiek FE. Frequency (pitch) and duration patterns tests. J Am Acad Audiol. 1994;5(4):265-8. PMid:7949300.
  10. Keith RW. Manual of the random gap detection test. Saint Louis: Auditec; 2000.
  11. WHO: World Health Organization [Internet]. Basic ear and hearing care resource. Geneva: WHO; 2020 [citado em 2022 Jan 3]. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/basic-ear-and-hearing-care-resource
  12. Santos MFC, Pereira LD. Escuta com dígitos. In: Pereira LD, Schochat E, editores. Processamento auditivo central: manual de avaliação. São Paulo: Lovise; 1997; p. 147-49.
  13. Souza LCA, Piza MRT, Alvarenga KF, Coser PL. Eletrofisiologia da audição e emissões otoacusticas: princípios e aplicações clínicas. São Paulo: Novo Conceito; 2008. Capítulo 7, Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE); p. 49-87.
  14. Corazza MCA. Avaliação do processamento auditivo central em adultos: teste de padrões tonais auditivos de frequência e testes de padrões tonais auditivos de duração [tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 1998. [Português]
  15. Junqueira CAO, Colafêmina JF. Investigation of inter and intra-examiner stability to P300 auditory identification: analysis of errors. Braz J Otorhinolaryngol. 2002;4:468-78. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992002000400004
  16. Mcpherson DL. Late potentials of the auditory system (evoked potencials). San Diego: Singular Publishing Group; 1996.
  17. Gil D, Almeida CC, Phee AM, Artoni AL, Pellogia CC, Antunes F, et al. Effect of auditory training for musical perception in pattern tests of frequency and duration. Acta AWHO. 2000;19(2):64-7.
  18. Nascimento FM, Monteiro RAM, Soares CD, Ferreira MIDC. Temporal sequencing abilities in musicians violinists and non-musicians. Int Arch Otorhinolaryngol. 2010;14(2):217-24.
  19. Escalda J, Lemos SMA, França CC. Auditory processing and phonological awareness skills of five-year-old children with and without musical experience. J Soc Bras Fonoaudiol. 2011;23(3):258-63. http://dx.doi.org/10.1590/S2179-64912011000300012 PMid:22012161.
  20. Banai K, Fisher S, Ganot R. The effects of context and musical training on auditory temporal-interval discrimination. Hear Res. 2012;284(1-2):59-66. http://dx.doi.org/10.1016/j.heares.2011.12.002 PMid:22200608.
  21. Banai K, Ahissar M. Musical experience, auditory perception and reading-related skills in children. PLoS One. 2013;8(9):e75876 . http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0075876 PMid:24086654.
  22. Amaral MIR, Casali RL, Boscariol M, Lunardi LL, Guerreiro MM, Colella-Santos MF. Temporal auditory processing and phonological awareness in children with benign epilepsy with centrotemporal spikes. BioMed Res Int. 2015;2015:256340. http://dx.doi.org/10.1155/2015/256340 PMid:25685775.
  23. Schneider BA, Pichora-Fuller MK. Age-related changes in temporal processing: implications for speech perception. Semin Hear. 2001;22(3):227-40. http://dx.doi.org/10.1055/s-2001-15628
  24. Souza LCA, Piza MRT, Alvarenga KF, Coser PL. Eletrofisiologia da audição e emissões otoacusticas: princípios e aplicações clínicas. São Paulo: Novo Conceito; 2008. Capítulo 9, Potenciais evocados auditivos corticais relacionados a eventos (P300); p. 95-106.
  25. Rabelo CM, Neves-Lobo IF, Rocha-Muniz CN, Ubiali T, Schochat E. Cortical inhibition effect in musicians and non-musicians using P300 with and without contralateral stimulation. Braz J Otorhinolaryngol. 2015;81(1):63-70. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2014.11.003 PMid:25497849.
  26. Musiek FE, Lee WW. Potenciais auditivos de média e longa latência. In: Musiek FE, Rintelmann WF, editores. Perspectivas atuais em avaliação auditiva. São Paulo: Manole; 2001; p. 239-67.
  27. Boatman DF. Cortical auditory systems: speech and other complex sounds. Epilepsy Behav. 2006;8(3):494-503. http://dx.doi.org/10.1016/j.yebeh.2005.12.012 PMid:16495158.
  28. Sanfins MD, Borges LR, Ubiali T, Colella-Santos MF. Speech auditory brainstem response (speech ABR) in the differential diagnosis of scholastic difficulties. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83(1):112-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2015.05.014 PMid:26631329.
     
631d6c5ca9539545aa2ab4d2 codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections