CoDAS
https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20212020403
CoDAS
Artigo Original

Analysis of an outpatient child hearing health program: From screening to referral for rehabilitation

Análise de um programa de saúde auditiva infantil ambulatorial: da triagem ao encaminhamento para reabilitação

Kátia de Cássia Botasso; Maria Cecília Marconi Pinheiro Lima; Carlos Roberto Silveira Correa

Downloads: 2
Views: 753

Abstract

Purpose: To analyze the stages of a hearing health program, from screening to referral for rehabilitation, based on the quality indicators for neonatal screening programs. Methods: This is a cohort, observational, retrospective study encompassing all newborns included in the Municipal Information System of Mogi Mirim, São Paulo, from 2010 to 2016. Besides the data present in the Information System on Live Newborns, the newborn’s age at the first test, test and diagnosis results, and referrals for rehabilitation were analyzed, based on the quality indicator criteria recommended by the Neonatal Hearing Screening Care Guidelines, with a statistical program. Results: A total of 7,800 newborns participated. The following results were obtained in the analysis of the program quality indicators: 1) Neonatal hearing screening stage: 97% coverage in the first test; 91% of newborns by 30 days old; 2) Diagnosis stage: 0.24% referred after failing the second test; 94.73% adherence; 13.66% confirmed diagnosis by 3 months old; 3) Rehabilitation stage: 100% began speech-language-hearing therapy immediately after the diagnosis; 20% received the hearing aid within 1 month from diagnosis. Conclusion: The program, conducted in an outpatient setting, met the recommendations of the guidelines presented by the Ministry of Health concerning the coverage and age at first examination, age at screening up to 1 month old, referral for diagnosis, and beginning the intervention. These results were obtained thanks to institutional support from the municipality

Keywords

Neonatal Screening; Evaluation of Health Programs and Projects; Hearing Loss; Diagnosis; Rehabilitation

Resumo

Objetivo: Analisar as etapas de um programa de saúde auditiva, da triagem ao encaminhamento para reabilitação, segundo os indicadores de qualidade de programas de triagem neonatal. Método: Trata-se de um estudo de coorte, observacional e retrospectivo, constituído por todos os neonatos inscritos no Sistema de Informação Municipal de Mogi Mirim/SP, de 2010 a 2016. Além dos dados que constam no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, foram analisados idade do neonato no primeiro teste, resultado dos testes, do diagnóstico e encaminhamento para reabilitação. A análise dos dados foi feita segundo os critérios de indicadores de qualidade das diretrizes de atenção à triagem auditiva neonatal, por meio de programa estatístico. Resultados: Participaram 7.800 neonatos e com relação à análise dos indicadores de qualidade do programa foram obtidos os seguintes resultados: 1) Etapa da TAN: 97% de cobertura do primeiro teste; 91% dos neonatos com até 30 dias de vida; 2) Etapa do Diagnóstico: 0,24% encaminhados após falharem no segundo teste; 94,73% de adesão; 13,66% concluíram até os três meses de idade e 3) Etapa da Reabilitação: 100% iniciaram terapia fonoaudiológica imediatamente após o diagnóstico; 20% receberam o aparelho de amplificação sonora individual com até um mês do diagnóstico. Conclusão: O programa, realizado em nível ambulatorial, atingiu as recomendações das Diretrizes do Ministério da Saúde com relação à cobertura e idade do primeiro exame, idade da triagem até um mês de vida, encaminhamento para diagnóstico e início da intervenção. Tais resultados só puderam ser obtidos com o apoio institucional do município

Palavras-chave

Triagem Neonatal; Avaliação de Programas e Projetos de Saúde; Perda Auditiva; Diagnóstico; Reabilitação

Referências

1. American Academy of Pediatrics. Joint Committee on Infant Hearing (US JCIH). Year 2007 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. Pediatrics. 2007;120(4):898- 921. http://dx.doi.org/10.1542/peds.2007-2333. PMid:17908777.

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal. Brasília: Ministério da Saúde; 2012. 32 p.

3. Brasil. Lei nº 12.303, de 02 de agosto de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas [Internet]. Diário Oficial da União; Brasília, 2010. [citado em 2018 Ago 4]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br

4. Mogi Mirim. Lei municipal nº 12.522, de 02 de janeiro de 2007, que torna obrigatória a triagem auditiva em crianças, no Centro de Especialidades de Mogi Mirim. Diário Oficial; São Paulo.

5. Kemp AA, Delecrode CR, Silva GC, Martins F, Frizzo AC, Cardoso AC. Neonatal hearing screening in a low-risk maternity in São Paulo state. Braz J Otorhinolaryngol. 2015;81(5):505-13. http://dx.doi.org/10.1016/j. bjorl.2015.07.010. PMid:26277836.

6. Januário GC, Lemos SM, Friche AA, Alves CR. Januário GC, Lemos SM, Friche AA, Alves CR. Quality indicators in a newborn hearing screening service. Braz J Otorhinolaryngol. 2015;81(3):255-63. http:// dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2014.08.008. PMid:25596650.

7. Dutra MRP, Araújo AGF, Xavier CCS, Holanda NSO, Lima JCS, Pereira SA. Quality indicators of hearing screening and evaluation of neonatal lingual frenulum. CoDAS. 2020;32(3):e20180179. http://dx.doi.org/10.1590/2317- 1782/20202018179. PMid:32578835.

8. Mattar FN. Pesquisa de marketing: metodologia e planejamento. 6. ed. São Paulo: Atlas; 2005.

9. Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia. Guia de orientação na avaliação audiológica primária [Internet]. 2017 [citado em 2019 Dez 28]. Disponível em: https://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/wp-content/uploads/2013/07/ Manual-de-Audiologia.pdf

10. Azevedo MF. Avaliação audiológica infantil. In: Marchesan IQ, Justino M, Tomé MC. Tratado de especialidades em fonoaudiologia. São Paulo: Guanabara Koogan; 2014. p. 924-9.

11. Joint Committee on Infant Hearing (US JCIH). Year 2019 Position Statement: Principles and Guidelines for Early Hearing Detection and Intervention Programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.

12. Cruz LRL, Ferrite S. Cobertura estimada da triagem auditiva neonatal para usuários do Sistema Único de Saúde, Brasil, 2008-2011. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2014;14(4):401-11. http://dx.doi.org/10.1590/S1519- 38292014000400010.

13. Paschoal MR, Cavalcanti MR, Gottschalck H, Ferreira MAF. Análise espacial e temporal da cobertura da triagem auditiva neonatal no Brasil (2008-2015). Ciênc Saúde Coleti. 2017;22(11):3615-24. https://doi. org/10.1590/1413-812320172211.21452016.

14. Monteiro LAC, Brazorotto JS. Análise da implementação de inovação no fluxo da triagem neonatal fonoaudiológica. Revista Brasileira de Inovação Tecnológica em Saúde. 2018;8(2):26-39. http://dx.doi.org/10.18816/r-bits. v8i2.15984.

15. Costa APC, Raignieri FSB, Figueiredo KJ, Espinosa MM, Nardez TMB, Rodrigues PAL. Avaliação do programa de triagem auditiva neonatal da Clínica Escola do Univag. CEFAC. 2016;18(2):335-40. http://dx.doi. org/10.1590/1982-021620161828715.

16. Bertoldi P, Manfredi A; Mitre E. Análise dos resultados da triagem auditiva neonatal no município de Batatais. Medicina (Ribeirao Preto). 2017;50(3):150-7. https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v50i3p150-157.

17. Lima MC, Rossi TR, Françozo MF, Collela-Santos MF, Correa CR. Analysis of neonatal hearing screening program performed on an outpatient basis: analysis of an outpatient hearing screening program. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2015;79(12):2227-33. http://dx.doi.org/10.1016/j. ijporl.2015.10.009. PMid:26602554.

18. Marinho ACA, Pereira ECS, Torres KKC, Miranda AM, Ledesma ALL. Evaluation of newborn hearing screening program. Rev Saude Publica. 2020;54:44. http://dx.doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054001643. PMid:32374803.

19. Pitathawatchai P, Khaimook W, Kirtsreesakul V. Pilot implementation of the newborn hearing screening program in four hospitals in southern Thailand. Bull World Health Organ. 2019;97(10):663-71. http://dx.doi. org/10.2471/BLT.18.220939. PMid:31656331.

20. Monteiro CFS, Caldas JMS, Leão NCMAA, Soares MR. Suspeita da perda auditiva por familiares. Rev CEFAC. 2009;11(3):486-93. http:// dx.doi.org/10.1590/S1516-18462009000300017.

21. Pagnossim DF, Külkamp NM, Teixeira MC. A triagem auditiva neonatal no processo de diagnóstico e reabilitação auditiva. Distúrb Comun. 2020;32(4):549-61. http://dx.doi.org/10.23925/2176-2724.2020v32i4p549-561.

22. Fichino SN, Avelino VLF, Lewis DR. Características demográficas e audiológicas da população pediátrica de um centro de referência em saúde auditiva de São Paulo. Distúrb Comun. 2018;30(3):570-84. http://dx.doi. org/10.23925/2176-2724.2018v30i3p-570-584.

23. Onada MR, Azevedo MF, Santos NAM. Triagem Auditiva neonatal: ocorrência de falhas, perdas auditivas e indicadores de riscos. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2011;77(6):775-83. http://dx.doi.org/10.1590/ S1808-86942011000600015.

24. Bravo FT, Saldoval PV, Gómez FY, Garcia FT, Sandoval PV, Torrente MA. Indicadores de calidad del Programa de Detección Precoz de Hipoacusia Permanente del Hospital Padre Hurtado. Rev Otorrinolaringol Cir Cabeza Cuello. 2017;77(2):117-23. http://dx.doi.org/10.4067/S0718- 48162017000200001.

25. Guimarães VC, Barbosa MA. Prevalence of auditory changes in newborns in a teaching hospital. Int Arch Otorhinolaryngol. 2012;16:179-85. https:// dx.doi.10.7162/S1809-97772012000200005.

26. Gonçalves CGO, Mazzarotto IHEK, Rocha MFR. Caracterização de bebês de alto-risco nascidos em hospitais públicos em Curitiba acompanhados no programa de acompanhamento auditivo. Tuiuti Cienc Cult. 2014;47:17-28.

27. Yoshinaga-Itano C, Sedey AL, Coulter DK, Mehl AL. Language of early and later-identified children with hearing loss. Pediatrics. 1988;102(5):1161- 71. PMID: 9794949.

28. Sígolo C, Lacerda CBF. Da suspeita à intervenção em surdez: caracterização deste processo na região de Campinas/SP. Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2013; 23(1):32-37. https://doi.org/10.1590/S2179- 64912011000100009.

621fddbca953953fa53f6302 codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections