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https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20212020326
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Original Article

Adherence to Remote Microphone System use at school in children and adolescents with hearing loss

Adesão ao uso do Sistema de Microfone Remoto em estudantes com deficiência auditiva usuários de dispositivos auditivos

Giovana Targino Esturaro; Bruna Capalbo Youssef; Luisa Barzaghi Ficker; Tatiana Medeiros Deperon; Beatriz de Castro Andrade Mendes; Beatriz Cavalcanti de Albuquerque Caiuby Novaes

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Abstract

Purpose: To identify relationships between Remote Microphone System (RMS) use in the classroom and the schools’ and teachers’ characteristics. Methods: We analyzed 120 subjects aged 5 to 17 years with hearing loss who had received an RMS from a health service accredited by the Unified Health System (SUS). The teachers of RMS users were the other subjects in the study. We analyzed the patients’ medical records and interviewed their parents/guardians at the follow-up visit to verify issues related to the RMS and its use at school. We contacted the schools over the phone and visited some of them. Results: Of the students, 54% used the device at school; 22% involuntarily did not use it; and 24% voluntarily did not use it. The Speech Intelligibility Index pattern of those who used the RMS was similar to those who involuntarily did not use it. There was a significant difference between the type of school and educational level – 86% of regular school students and elementary school students tend to use the device more often (62%). Conclusion: Most subjects use the RMS at school. The students’ educational level also interfered with the adherence to RMS use, as elementary school students had a higher adherence. The data suggest that the coordination between health services and schools favors RMS use. However, when the parents mediate this relationship, other factors interfere with the systematic RMS use in the school routine.

Keywords

Hearing; Hearing Aids; Wireless Technology; Schooling; Parents; Hearing Loss; Teenager

Resumo

Objetivo: Identificar relações entre a utilização sistemática do Microfone Remoto (MR) em sala de aula de estudantes com deficiência auditiva e características das escolas e dos professores. Método: Foram analisados 120 sujeitos, entre cinco e 17 anos, com deficiência auditiva que foram adaptados MR em um Serviço de Saúde credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Também foram sujeitos, professores de usuários de MR. Realizou-se uma análise de prontuários e no momento que os sujeitos compareceram para acompanhamento foi realizado entrevista com os pais/responsáveis para caracterizar rotina de utilização do MR na escola. Foram realizados contatos telefônicos e visitas presenciais em algumas escolas. Resultados: Quanto ao uso, observase que a maioria dos sujeitos utilizava o dispositivo na escola. Aqueles que não utilizavam involuntariamente e voluntariamente consistiu na minoria dos sujeitos. Houve uma similaridade no padrão do Speech Intelligibility Index -SII dos sujeitos que ‘usam’ e ‘não usam involuntariamente’ o MR. Houve diferença significativa entre o tipo de escola e o nível de escolaridade, a maioria dos sujeitos que frequentavam escola regular e estavam matriculados no ensino fundamental I tendem a usar mais o dispositivo. Conclusão: A maioria dos sujeitos faz uso do MR na escola. O nível educacional do estudante também foi um fator que interferiu na adesão ao uso dos MR, com maior adesão em estudantes do Ensino Fundamental I. Os dados sugerem que a articulação entre serviço de saúde e escola favorece a utilização do MR, entretanto quando essa relação é intermediada pelos pais, outros fatores acabam interferindo no uso sistemático no cotidiano da escola.

Palavras-chave

Audição; Auxiliares de Audição; Tecnologia Sem Fio; Escolaridade; Pais; Perda Auditiva; Adolescente

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