CoDAS
https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20202019097
CoDAS
Artigo Original

Self-perception of shyness and its relation to aspects of public speaking

Autopercepção de timidez e sua relação com aspectos da fala em público

Anna Carolina Ferreira Marinho; Adriane Mesquita de Medeiros; Júlia Janssen Pantuza; Letícia Caldas Teixeira

Downloads: 1
Views: 1129

Abstract

Purpose: To determine the prevalence of shyness in university students and to analyze among the sociodemographic and public communication factors, those that are most related to their presence. Method: A cross-sectional analytical study was carried out with 1124 university students aged between 17 and 63 years old. It was used a questionnaire with questions related to sociodemographic characteristics; frequency of participation in public speaking activities; self-report of fear of speaking; self-perception of non-verbal aspects of oral communication: tone of voice, speed of speech, voice intensity, vocal projection, eye contact with the audience during the speech, use hands in public presentations; self-assessment of public speaking (Scale for Self-Assessment in Public Speaking) and self-perception of shyness (Revised Shyness Scale). The analysis of factors associated with shyness and with the other variables was performed by Pearson’s chi-square test and univariate and multivariate logistic regression. The level of significance adopted was 5%. Results: The majority of the university population self-reported traces of shyness and fear of speaking in public. There was an association of shyness with the age of 17 to 30 years, fear of speaking in public, little participation in public speaking activities, negative self-perception of speech and with non-verbal communication aspects. Conclusion: Shyness is prevalent in young university students, who participate in few public speaking activities, who are afraid to speak in public, self-report speaking at low intensity and who are unable to use their hands naturally during public presentations.

Keywords

Voice, Speech Therapy, Shyness, Non-Verbal Communication, Fear  

Resumo

Objetivo: Determinar a prevalência da timidez em estudantes universitários e analisar dentre os fatores sociodemográficos e da comunicação em público, aqueles que mais se relacionam com sua presença. Método: estudo transversal analítico realizado com 1124 universitários com idade entre 17 e 63 anos. Utilizou-se um questionário com perguntas referentes às características sociodemográficas; frequência de participação em atividades de fala em público, autorrelato do medo de falar, autopercepção dos aspectos não verbais da comunicação oral: tom de voz, velocidade de fala, intensidade de voz, projeção vocal, contato visual com a plateia durante o discurso, uso das mãos nas apresentações em público; autoavaliação da fala em público (Escala para Auto Avaliação ao Falar em Público) e autopercepção da timidez (Escala Revisada de Timidez). A análise dos fatores associados à timidez com as demais variáveis foi realizada por meio do teste Qui-quadrado de Pearson e regressão logística uni e multivariada. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: a maioria da população universitária autorreferiu traços de timidez e medo de falar em público. Houve associação da timidez com a idade de 17 a 30 anos, medo de falar em público, pouca participação em atividades de fala em público, autopercepção negativa da fala e com aspectos não verbais da comunicação. Conclusão: A timidez é prevalente em estudantes universitários jovens, que participam de poucas atividades de fala em público, que apresentam medo de falar em público, autorrelatam falar em intensidade baixa e apresentam inabilidade de usar as mãos com naturalidade durante apresentações em público.

Palavras-chave

Voz, Fonoaudiologia, Timidez, Comunicação Não Verbal, Medo

Referências

Matos M. I. C. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5. 2013.

Vahedi S. The factor structure of the Revised Cheek and Buss Shyness Scale in an undergraduate university sample. Iranian Journal of Psychiatry. 2011;6.

Tsui TYL, Lahat A, Schmidt LA. Linking Temperamental Shyness and Social Anxiety in Childhoodand Adolescence: Moderating Inluences of Sex and Age. Child Psychiatry Hum Dev. 2017;48(5):778-85.

Crozier W.R. Measuring shyness: Analysis of the Revised Cheek and Buss Shyness Scale. Per¬sonality and Individual Differences. 2005;38:1947-56.

Axia G. Timidez: Um dote precioso do patrimônio genético humano. 2003.

Jingjing Z, Kong F, Wang Y. The role of social support and self-esteem in the relationship between shyness and loneliness. Personality and Individual Differences. 2013;54(5):577-81.

Crozier R.W. Shyness and students' perceptions of seminars. Psychology Learning and Teaching. 2003;4(1):27-34.

Borrego MCM, Behlau M. Recursos de ênfase utilizados por indivíduos com e sem treinamento de voz e fala. RevSocBras Fonoaudiologia. 2012;17(2):216-24.

Santos TD, Pedrosa V, Behlau M. Comparação dos atendimentos fonoaudiológicos virtual e presencial em profissionais do telejornalismo [Comparisonof virtual andpresent speech voicetherapist servisse in televisionjournlismprofessional]. RevCEFAC. 2015;17(2):385-95.

Neiva TMA, Gama ACC, Teixeira LC. Expressividade vocal e corporal para falar bem no telejornalismo: resultados de treinamento. Rev. CEFAC. 2016;18(2):498-507.

Marinho ACF, Medeiros AM, Gama ACC, Teixeira LC. Fear of public speaking: perception of college students and correlates. J Voice. 2016;31(1).

Borrego MCM, Gasparini G, Behlau M. The effects of a specific speech and language training program on students of a radio announcing course. J Voice. 2007;21(4):426-32.

Vasconcellos L, Otta E, Behlau M. Estudo comparativo dos comportamentos relacionais entre pessoas tímidas e não-tímidas. 2009.

Heiser N. A., Turner S. M., Beidel D. C., Roberson-Nay R. Differentiating social phobia from shyness. Journal of Anxiety Disorders. 2009;23:469-76.

Fl Osório, Crippa JA, Loureiro SR. Aspectos Cognitivos do falar em público: validação de uma escala de autoavaliação para universitários brasileiros. RevPsiqClin. 2012;39(2):48-53.

Hofmann SG, DiBartolo PM. An instrument to assess self-statements durin public speaking: scale development and preliminary psychometric properties. BehavTher. 2000;31:499-515.

Cheek J.M. The Revised Cheek and Buss Shyness Scale (RCBS). Unpublished manuscript. 1983.

Caycho T., Castilla H., Urrutia C., Valdivia A., Shimabukuro M. Análisis psicométrico preliminar de la escala de timidez revisada de check y bussen adolescentes y jóvenes peruanos. Psychologia: avances de la disciplina. 2013;7(2):13-24.

Rodrigues ALV, Medeiros AM, Teixeira LC. Impacto da voz do professor na sala de aula: revisão de literatura. Revista Distúrbios da Comunicação. 2017;29(1):2-9.

Kyrillos L., Jung M. Comunicar para liderar. 2015.

Carney DR, Cuddy AJC, Yap AJ. Power posing: Brief nonverbal displays affect neuroendocrine levels and risk tolerance. Psychological science. 2010:1363-8.

Angélico AP, Bauth MF, Andrade AK. Estudo Experimental do Falar em Público Com e Sem Plateia em Universitários. Psico-USF. 2018;23(2):347-59.

Hammick J.K., Lee M. Do shy people feel less communication apprehension online? The effects of virtual reality on the relationship between personality characteristics and communication outcomes. Computer in Behavior. 2014;33:302-10.

Ward C.C., Tracey T.J.G. Relation of shyness with aspects of online relationships involvement. Journal of Social and Personal Relationships. 2004;21:611-23.

Lindström VB, Behlau M. Resonant Voice in Acting Students: Perceptual and Acoustic Correlates of the Trained Y-Buzz by Lessac. 2008;23(5):603-9.

Azevedo RAS, Fernandes ACN, Ferreira LP. Oficina de expressividade para universitários em situação de apresentação de seminários. Distúrbios da Comunicação. 2013;25(3):458-76.

Vasconcellos L, Otta E. Comparação do comportamento gestual entre maus e bons oradores durante a comunicação em público. Psicologia em Revista. 2003;9:153-8.

Cuddy AJC, Wilmuth CA, Yap AJ, Carney DR. Preparatory power posing affects nonverbal presence and job interview performance. Journal of Applied Psychology. 2015;100(4):1286-11295.

Pedrotti CA, Behlau M. Recursos comunicativos de executivos e profissionais em função operacional. Codas. 2017;29(3).

Monacis Lucia. Shyness in academic contexts Procedia. Social and Behavioral Sciences. 2012;69:1182-90.


Submetido em:
16/04/2019

Aceito em:
29/09/2019

5f8d97c10e8825452fcb468b codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections