CoDAS
https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20192018029
CoDAS
Artigo Original

Clinical profile and implications of tinnitus in individuals with and without hearing loss

Perfil clínico e implicações do zumbido em indivíduos com e sem perda auditiva

Jaíse Thainara Mores; Amanda Bozza; Cristiana Magni; Raquel Leme Casali; Maria Isabel Ramos do Amaral.

Downloads: 22
Views: 3471

Abstract

Purpose: To compare clinical characteristics of tinnitus and interference in quality of life in individuals with and without associated hearing loss, as well as to discuss the association of quantitative measurements and qualitative instruments. Methods: A quantitative, cross-sectional and comparative study approved by the Research Ethics Committee (No. 973.314/CAEE: 41634815.3.0000.0106) was carried out. The responses of the psychoacoustic assessment of tinnitus (intensity, frequency, minimum masking level and loudness discomfort level for pure tone and speech), as well as the Tinnitus Handicap Inventory (THI) questionnaire, and the visual analogue scale (VAS) were compared between 15 patients with tinnitus and peripheral hearing loss (group I) and 16 adults with normal hearing (group II). Results: The mean VAS and THI scores obtained in GI were 5.1 (+1.5) and 42.3 (+18), and in GII, 5.7 (+2.6) and 32.7 (+25), respectively. This result suggests moderate GI annoyance and moderate/mild GII annoyance (p>0.005). There was a positive and moderate correlation between THI and VAS only in GII. In the psychoacoustic evaluation, significant differences were observed between the groups regarding the measurement of loudness (*p=0.013) and the minimum masking level (*p=0.001). Conclusion: There was no direct influence of the presence of hearing loss in relation to the impact of tinnitus. The differences found between the groups regarding the psychoacoustics measures can be justified by the presence of cochlear damage. The objective measurement of tinnitus, regardless of the presence or absence of peripheral hearing loss, is an important instrument to be used along with self-evaluation measures.

Keywords

Tinnitus; Hearing Loss; Quality of Life; Normal Hearing; Impairment.

Resumo

Objetivo: comparar as características clínicas do zumbido e interferência na qualidade de vida em indivíduos com e sem perda auditiva associada, bem como discutir a associação de mensurações quantitativas e instrumentos qualitativos de avaliação. Método: estudo quantitativo, descritivo e de corte transversal aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa (nº 973.314/2016 CAEE: 41634815.3.0000.0106). Foram comparadas as respostas da avaliação psicoacústica do zumbido (pesquisa de intensidade, frequência, nível mínimo de mascaramento e limiar de desconforto para tom puro e fala), bem como questionário Tinnitus Handicap Inventory (THI) e escala visual analógica (EVA) de 15 sujeitos portadores de zumbido e perda auditiva periférica (grupo GI) e 16 indivíduos normo-ouvintes (grupo GII). Resultados: O escore médio na EVA e THI no GI foi, respectivamente, de 5,1(+1,5) e 42,3(+18) e no GII de 5,7(+2.6) e 32,7(+25), sugerindo incômodo moderado no GI e moderado/leve no GII (p>0,005). Verificou-se correlação moderada entre o THI e EVA apenas no GII. Na avaliação psicoacústica, observaram-se diferenças significantes entre os grupos referentes à medida da loudness (*p=0,013) e ao nível mínimo de mascaramento (*p=0,001). Conclusão: a perda auditiva parece não se constituir em um fator determinante para o maior ou menor impacto do zumbido na qualidade de vida do sujeito. Já as diferenças encontradas entre os grupos, referentes às medidas psicoacústicas, podem ser justificadas pela presença do dano coclear em si. A mensuração objetiva do zumbido, independentemente da presença ou não da perda auditiva periférica, caracteriza-se como um importante instrumento complementar às medidas de auto avaliação.

Palavras-chave

Zumbido; Perda Auditiva; Audição; Qualidade de Vida; Prejuízo.

Referências

1 McCormack A, Edmondson-Jones M, Somerset S, Hall D. A systematic review of the reporting of tinnitus prevalence and severity. Hear Res. 2016;337:70-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.heares.2016.05.009. PMid:27246985. [ Links ]

2 Flores LS, Teixeira AR, Rosito LPS, Seimetz BM, Dall’Igna C. Pitch and loudness from tinnitus in individuals with noise-induced hearing loss. Int Arch Otorhinolaryngol. 2016;20(3):248-53. http://dx.doi.org/10.1055/s-0035-1562935. PMid:27413408. [ Links ]

3 Manche SK, Madhavi J, Meganadh KR, Jyothy A. Association of tinnitus and hearing loss in otological disorders: a decade-long epidemiological study in a South Indian population. Rev Bras Otorrinolaringol. 2016;82(6):643-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2015.11.007. PMid:26923827. [ Links ]

4 Nondahl DM, Cruickshanks KJ, Wiley TL, Klein BEK, Klein R, Chappell R, et al. The ten-year incidence of tinnitus among older adults. Int J Audiol. 2010;49(8):580-5. http://dx.doi.org/10.3109/14992021003753508. PMid:20560859. [ Links ]

5 Sanchez TG, Mak MP, Pedalini MEB, Levy CPD, Bento RF. Tinnitus and hearing evolution in normal hearing patients. Int Arch Otorhinolaryngol. 2005;9(3):220-7. [ Links ]

6 Tugumia D, Samelli AG, Matas CG, Magliaro FC, Rabelo CM. Auditory training program in subjects with tinnitus. CoDAS. 2016;28(1):27-33. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20162015113. PMid:27074186. [ Links ]

7 Serra LS, Granjeiro RC, Braga SC, Oliveira CA, Sampaio AL. Association between suppression of otoacoustic emissions and annoyance levels in tinnitus patients with normal hearing. Int Tinnitus J. 2015;19(2):52-8. http://dx.doi.org/10.5935/0946-5448.20150009. PMid:27186933. [ Links ]

8 Vielsmeier V, Lehner A, Strutz J, Steffens T, Kreuzer PM, Schecklmann M, et al. The relevance of the high frequency audiometry in tinnitus patients with normal hearing in conventional pure-tone audiometry. BioMed Res Int. 2015;302515:1-5. [ Links ]

9 Sanchez TG, Medeiros IRT, Levy CPD, Ramalho JRO, Bento RF. Zumbido em pacientes com audiometria normal: caracterização clínica e repercussões. Rev Bras Otorrinolaringol. 2005;71(4):427-31. http://dx.doi.org/10.1016/S1808-8694(15)31194-0. [ Links ]

10 Azevedo AA, Oliveira PM, Siqueira AG, Figueiredo RR. Análise crítica dos métodos de mensuração do zumbido. Rev Bras Otorrinolaringol. 2007;73(3):418-23. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992007000300019. [ Links ]

11 Silmam S, Silvermam CA. Basic audiologic testing. In: Silmam S, Silvermam CA, editors. Auditory diagnosis: principles and applications. San Diego: Singular Publishing Group; 1997. p 44-52. [ Links ]

12 Branco-Barreiro FCA. Avaliação audiológica básica e psicoacústica do zumbido. In: Samelli AG, organization. Zumbido: avaliação, diagnóstico e reabilitação. 1. edição. São Paulo: Lovise; 2004. p 55-60 [ Links ]

13 Schmidt LP, Teixeira VN, Dall’lgna C, Dallagnol D, Smith MM. Adaptação para língua portuguesa do questionário Tinnitus Handicap Inventory: validade e reprodutibilidade. Rev Bras Otorrinolaringol. 2006;72(6):808-10. http://dx.doi.org/10.1016/S1808-8694(15)31048-X. PMid:17308834. [ Links ]

14 Bauer MA, Zanella ÂK, Filho IG, Carli G, Teixeira AR, Bós ÂJ. Profile and prevalence of hearing complaints in the elderly. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83(5):523-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2016.06.015. PMid:27569691. [ Links ]

15 Brewster KK, Ciarleglio A, Brown PJ, Chen C, Kim HO, Roose SP, Golub JS, Rutherford BR. Age-related hearing loss and its association with depression in later life. Am J Geriatr Psychiatry. 2018;26(7):788-796. [ Links ]

16 Mondelli MFCG, Rocha AB. Correlação entre os achados audiológicos e incômodo com zumbido. Arq Int Otorrinolaringol. 2011;15(2):172-80. http://dx.doi.org/10.1590/S1809-48722011000200009. [ Links ]

17 Hiller W, Goebel G. Factors influencing Tinnitus loudness and annoyance. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2006;132(12):1323-30. http://dx.doi.org/10.1001/archotol.132.12.1323. PMid:17178943. [ Links ]

18 Pinto PCL, Sanchez TG, Tomita S. Avaliação da relação entre severidade do zumbido e perda auditiva, sexo e idade do paciente. Rev Bras Otorrinolaringol. 2010;76(1):18-24. [ Links ]

19 Figueiredo RR, Azevedo AAO, Oliveira PM. Análise da correlação entre a escala visual-análoga e o Tinnitus Handicap Inventory na avaliação de pacientes com zumbido. Rev Bras Otorrinolaringol. 2009;75(1):76-9. http://dx.doi.org/10.1016/S1808-8694(15)30835-1. [ Links ]

20 Ryan D, Bauer CA. Neuroscience of Tinnitus. Neuroimaging Clin N Am. 2016;26(2):187-96. http://dx.doi.org/10.1016/j.nic.2015.12.001. PMid:27154602. [ Links ]

21 Buzo BC, Carvallo RM. Psychoacoustic analyses of cochlear mechanisms in tinnitus patients with normal auditory thresholds. Int J Audiol. 2014;53(1):40-7. http://dx.doi.org/10.3109/14992027.2013.840931. PMid:24168288. [ Links ]

22 Jastreboff MM. Sound therapies for tinnitus management. Prog Brain Res. 2007;166:435-40. http://dx.doi.org/10.1016/S0079-6123(07)66042-7. PMid:17956808. [ Links ]

23 Gibrin DCP, Melo JJ, Marchiori MLL. Prevalência de queixa de zumbido e prováveis associações com perda auditiva, diabetes mellitus e hipertensão arterial em pessoas idosas. CoDAS. 2013;25(2):176-80. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-17822013000200014. PMid:24408248. [ Links ]

24 Marchiori LLM. Zumbido e hipertensão arterial no processo de envelhecimento. Rev Bra de Hipertens. 2009;16(1):5-8. [ Links ]

25 Nascimento IDP, Almeida AA, Diniz J Jr, Martins ML, Freitas TMMWC, Rosa MRDD. Tinnitus evaluation: relation among pitch matching and loudness, visual analog scale and tinnitus handicap inventory. Braz J Otorhinolaryngol. 2019 [no prelo]:1-6. [ Links ]

26 Suzuki FAB, Suzuki FA, Onishi ET, Penido NO. Psychoacoustic classification of persistent tinnitus. Rev Bras Otorrinolaringol. 2018;84(5):583-90. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2017.07.005. PMid:28826945. [ Links ]

27 Folmer RL, Griest SE, Meikle MB, Martin WH. Tinnitus severity, loudness, and depression. Otolaryngol Head Neck Surg. 1999;121(1):48-51. http://dx.doi.org/10.1016/S0194-5998(99)70123-3. PMid:10388877. [ Links ]

28 Al-Swiahb JN, Hwang ES, Kong JS, Kim WJ, Yeo SW, Park SN. Clinical and audiologic characteristics of patients with sensorineural tinnitus and its association with psychological aspects: an analytic retrospective study. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2016;273(12):4161-5. http://dx.doi.org/10.1007/s00405-016-4108-0. PMid:27234666. [ Links ]

29 Katzenell U, Segal S. Hyperacusis: review and clinical guidelines. Otol Neurotol. 2001;22(3):321-6. http://dx.doi.org/10.1097/00129492-200105000-00009. PMid:11347634. [ Links ]

30 Rabau S, Cox T, Punte AK, Waelkens B, Gilles A, Wouters K, et al. Changes over time of psychoacoustic outcome measurements are not a substitute for subjective outcome measurements in acute tinnitus. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2015;272(3):573-81. http://dx.doi.org/10.1007/s00405-013-2876-3. PMid:24395086. [ Links ]


Submetido em:
18/03/2018

Aceito em:
25/02/2019

5dc9ea210e88258261bc9c52 codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections