CoDAS
https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20182018063
CoDAS
Artigo Original

The voice use of street artists

O uso da voz em artistas de rua

Mayara Kerolyn de Souza; Cynthia Maria Barboza do Nascimento; Jonia Alves Lucena; Zulina Souza de Lira; Ana Nery Barbosa de Araújo

Downloads: 0
Views: 745

Abstract

Purpose: To investigate the voice use of street artists from their vocal complaints, vocal disadvantage related to their profession, the perception of the conditions and the environment in which they use their voice, in addition to the role of the voice in their profession. Methods: Twenty-four street artists participated in this study. They all responded to two protocols: Vocal Symptoms Scale (VSS) and Vocal Disadvantage Index (VDI-10), and to two questionnaires: one with objective questions related to their working conditions and environment, and the other containing open questions regarding the meaning of the voice. Mean values of responses to both protocols were calculated. Frequency description and percentiles present the results of the questionnaire with closed questions. Analysis of the data from the questionnaire with open questions was done using the content analysis method. Results: Mean values of the VSS were above normal limits, while the mean values of the VDI-10 were within normal limits. Some risk factors for vocal disorders were found, as the lack of use of the microphone and a dusty, smoky, and noisy working environment. Regarding the importance of the voice, two categories were identified: the need to care for their voice and the impact their voice has on people. Conclusion: There are vocal complaints among street artists, but no vocal disadvantage was found. The working conditions and environment are a risk to the artists’ voice. The importance of the voice to the group is related to their professional activities, relation with the public, and professional and personal satisfaction.

Keywords

Voice; Voice Quality; Voice Disorders; Speech, Language and Hearing; Sciences Dysphonia

Resumo

Objetivo: Investigar o uso da voz em artistas de rua, a partir da autorreferência de queixas vocais, desvantagem vocal associada à profissão, percepção do ambiente e condições de uso da voz na atividade, e representação da voz para a atividade profissional. Método: Participaram 24 artistas de rua, que preencheram os protocolos ESV (Escala de sintomas vocais), IDV-10 (Índice de Desvantagem Vocal), além de dois questionários, um composto por questões objetivas relacionadas ao ambiente e condições de trabalho e um segundo com perguntas abertas sobre representação da voz. Para análise quantitativa, foi realizada uma estatística simples verificando a média do ESV e IDV-10 e para o questionário de perguntas fechadas, a frequência e a porcentagem dos resultados. Na análise qualitativa, foi utilizado o método de análise do conteúdo. Resultados: A média do resultado da ESV foi acima do ponto de corte da normalidade e do IDV-10 dentro da normalidade. Surge como fator de risco vocal o não uso do microfone, o ambiente de trabalho com poeira e fumaça e o local de trabalho ser ruidoso incomodativo. Sobre a representação da voz, foram identificadas três categorias: importância da voz para os artistas de rua, cuidados com a voz e o impacto da voz sobre as pessoas. Conclusão: Existem queixas vocais, porém não há impacto na qualidade de vida. O ambiente e condições de trabalho trazem riscos a distúrbios da voz. A representação da voz para o grupo se relaciona à sua atividade profissional, relação com público, satisfação pessoal e profissional.

Palavras-chave

Voz; Qualidade da Voz; Distúrbios da Voz; Fonoaudiologia; Disfonia

Referências

1. Reia JA. Artistas de rua e a retomada do espaço público nas cidades midiáticas. Contemporanea. 2014;24(12):34-48.

2. Amorim HB. Artistas de Rua: Criatividade, Sobrevivência e Lazer. João Pessoa: Arteviva; 2012.

3. Geraldo S, Souza C. Espaço público em cena: o teatro de rua em ribeirão preto. Extraprensa. 2013; 6(2):37-49.

4. Alencar M, Silva J, Moreira H. Manifestações artísticas: da opressão à liberdade de atuação nos espaços públicos de São Paulo. Intercom (Des Moines). 2016

5. Van Houtte E, Claeys S, Wuyts F, Van Lierde K. The impact of voice disorders among teachers: vocal complaints, treatment-seeking behavior, knowledge of vocal care, and voice-related absenteeism. J Voice. 2011;25(5):570-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2010.04.008. PMid:20634042.

6. Souza C, Carvalho FM, Araújo TM, Reis EJFB, Lima VMC, Porto LA. Fatores associados a patologias de pregas vocais em professores. Rev Saude Publica. 2011;45(5):914-21. http://dx.doi.org/10.1590/S0034- 89102011005000055. PMid:21829977.

7. Servilha EAM, Correia JM. Correlações entre condições do ambiente, organização do trabalho, sintomas vocais autorreferidos por professores universitários e avaliação fonoaudiológica. Distúrb Comun. 2014;26(3):452- 62.

8. Ferreira PL, Costa HO. Voz Ativa: Falando sobre profissionais da voz. São Paulo: Roca; 2000.

9. Siqueira MA, Bastilha GR, Lima JPM, Cielo CA. Hidratação vocal em profissionais e futuros profisionais da voz. São Paulo. CEFAC. 2016;18(4):908-14. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0216201618417415.

10. Moreti F, Zambon F, Oliveira G, Behlau M. Crosscultural adaptation, validation, and cutoff values of the Brazilian version of the Voice Symptom Scale VoiSS. J Voice. 2014;28(4):458-68. http://dx.doi.org/10.1016/j. jvoice.2013.11.009. PMid:24560004.

11. Costa T, Oliveira G,Behlau, M. Validação do Índice de Desvantagem Vocal: 10 (IDV-10) para o português brasileiro. CoDAS. 2016;25(5):482-5.

12. Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977.

13. Rezende G, Irineu RDA, Dornelas R. Coro universitário: autopercepção de sintomas vocais e desvantagem vocal no canto. CEFAC. 2015;17(4):1161- 72. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0216201517415114.

14. Loiola-Barreiro CM, Silva MADA. Índice de desvantagem vocal em cantores populares e eruditos profissionais. CoDAS. 2016;28(5):602-9. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20162015226. PMid:27849245.

15. Girardi BB, Marchand DLP, Campos T, Drummond RL, Cassol M. Relação entre condições de trabalho e sintomas vocais em operadores de um callcenter modelo. Audiol Commun Res. 2017;22(0):1738. http:// dx.doi.org/10.1590/2317-6431-2016-1738.

16. Lima Silva MFB, Ferreira LP, Oliveira IB, Silva MAA, Ghirardi ACAM. Distúrbio de voz em professores: autorreferência, avaliação perceptiva da voz e das pregas vocais. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2012;17(4):391-7. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342012000400005.

17. Roy N, Merrill RM, Thibeault S, Parsa RA, Gray SD, Smith EM. Prevalence of voice disorders in teachers and the general population. J Speech Lang Hear Res. 2004;47(2):281-93. http://dx.doi.org/10.1044/1092-4388(2004/023). PMid:15157130.

18. Mendes ALF, Lucena BTLD, Araújo AMGD, Melo LPFD, Lopes LW, Silva MFBDL. Teacher’s voice: vocal tract discomfort symptoms, vocal intensity and noise in the classroom. CoDAS. 2016;28(2):168-75.

19. Zimmer V, Cielo CA, Ferreira FM. Comportamento vocal de cantores populares. CEFAC. 2012;14(2):298-307. http://dx.doi.org/10.1590/S1516- 18462011005000101.

20. Vieira AC, Behlau M. Voice and oral communication analysis of preparatory school teachers. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2009;14(3):346-51. http:// dx.doi.org/10.1590/S1516-80342009000300010.

21. Behlau M. Voz: o livro do especialista. Rio de Janeiro: Revinter; 2010.

22. Warhurst S, McCabe P, Madill C. What makes a good voice for radio: perceptions of radio employers and educators. J Voice. 2013;27(2):217-24. PMid:23159029.

23. Andrade LDF, Junior FCXL, Medeiros HA, Gonçalves RL. A Importância Da Saúde Vocal Em Diferentes Categorias Profissionais: Uma Revisão Integrativa. Rev Univ Vale Rio Verde. 2015;13(1):432-41.

24. Jacobs DDS. Vocal Body, Genderand Performance. Rev Bras Estud Presença. 2017;7(2):359-81. http://dx.doi.org/10.1590/2237-266061818.


Submetido em:
02/04/2018

Aceito em:
14/08/2018

5d25fee40e88255e1498e322 codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections